“O que desde logo prende em Avalovara é a poderosa coexistência da deliberação e da fantasia, do calculado e do imprevosto, tanto no plano quanto na execução de cada parte. Falando do relógio de Julius Heckethorn ( uma das linhas da narrativa), o Autor diz que obedecia a “um esquema rigoroso”. E “sobre este rigor assenta a idéia de uma ordem no mundo”. Mas “como introduzir, então, na obra, o princípio de imprevisto e aleatório, inerente à vida?” A execução do livro é a resposta, fascinante para o leitor, à medida que este vai experimentando a precisão geométrica do arcabouço, a minúcia implacável e a poesia livre que rompe a cada instante.”
Antonio Candido